George Thompson, que hoje tem 1 ano e 4 meses, nasceu com uma fenda palatina bilateral, também conhecida como lábio leporino. O bebê vive em Erdington, na Inglaterra, com a mãe e precisou passar por duas cirurgias. De acordo com o site Primi Stili, A primeira aos 5 meses e a outra aos 11 para corrigir a malformação genética.
Os dois procedimentos já causaram grande mudança na aparência da criança. Antes da cirurgia, George estava com dificuldades para se alimentar e sofria muito com refluxo. Após a primeira cirurgia, que durou aproximadamente 5 horas, o refluxo melhorou bastante, segundo a mãe do bebê.
“A primeira cirurgia teve suas dificuldades é claro, o rosto dele inchou durante semana e ele precisou de morfina e ibuprofeno para lidar com a dor nas duas primeiras semanas. Mas depois, ele ficou incrível. Ficou muito mais confortável, o refluxo, com o qual sofria desde o nascimento, melhorou demais”, contou Megan Thompson.
Já na segunda cirurgia, que durou 5 horas também, mais benefícios vieram para a vida de George. “Dois meses após esta segunda cirurgia ele pode beber em uma mamadeira normal pela primeira vez!”, lembrou Megan.
A condição de George é genética e foi herdada de Megan, que também nasceu com a fenda. “Quando eu soube que ele também teria a mesma condição, eu me senti culpada. Até porque eu sofri muito bullying na infância por causa desta condição. Mas quando ele nasceu todos meus medos desapareceram, eu achei que ele a criança mais linda do mundo! Eu e meu marido ficamos muito felizes”.
De acordo com a mãe, George vai passar por mais uma cirurgia quando tiver 8 anos de idade. “Após essa cirurgia, o restante dos procedimentos são cosméticos e ele decidirá se vai querer fazer ou não. Para mim ele sempre foi e sempre será perfeito. Lembro quando um homem olhou para ele antes de ter feito qualquer cirurgia e perguntou: ‘Quando você vai arrumar ele?’. Eu então respondi: ‘Ele vai fazer a primeira cirurgia em breve, mas eu não vou arrumar ele porque meu filho não está quebrado!’”.
Entenda o que é lábio leporino
Geralmente, a fenda atinge somente o lábio (conhecido como lábio leporino), apenas o palato (céu da boca) ou o lábio e palato juntos. Hoje, as causas da má formação são consideradas multifatoriais, envolvendo aspectos ambientais e genéticos. De acordo com o Dr. Diógenes, pai de Daniella e Camilla e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, para realizar a primeira cirurgia a criança deve estar mais desenvolvida, com maior peso, estruturas ósseas faciais mais rígidas e fendas mais estreitas, possibilitando melhores resultados a longo prazo. O indicado é que o primeiro procedimento ocorra entre o terceiro e sexto mês de vida do bebê.
Para garantir uma vida mais tranquila, é importante ter o acompanhamento multiprofissional com especialistas em fissuras desde o nascimento até o final da adolescência. Ou seja, ter sempre a orientação de um cirurgião plástico, fonoaudiólogo e um ortodontista Atualmente, o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC), da Universidade de São Paulo, é referência no tratamento de fissuras e oferece auxílio gratuito à população.
Uma dúvida comum é sobre a amamentação e, de acordo com a fonoaudióloga Daniela Barbosa, filha de Manaceses e Maria Salete, a condição não é impedimento nenhum. Ela explica que quando o céu da boca não tem fenda, as dificuldades de alimentação são mínimas. Agora, se a fissura existe, a situação é mais complicada. “São bebês que não têm pressão suficiente para a sucção do leite no seio da mãe e, muitas vezes, precisam da fonoaudióloga para avaliar e testar qual a melhor maneira de acordo com a força do bebê”, explica. Nesse caso, o aleitamento com sonda, chamado de trans lactação, e a utilização de mamadeiras podem ser boas alternativas.
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