A morte de Rita Lee, aos 75 anos de idade, na última segunda-feira, dia 8 de maio, abalou profundamente todo o Brasil, deixando um impacto doloroso principalmente nos familiares da renomada cantora.
Roberto de Carvalho, músico de 70 anos e companheiro de vida e carreira de Rita, concedeu uma entrevista emocionante ao programa Fantástico, que foi ao ar neste último domingo, dia 14 de maio, compartilhando suas experiências e sentimentos diante dessa perda irreparável. “Ela queria viver, ela não queria partir”, disse ele, aos prantos.
Roberto expressou sua gratidão por ter tido o privilégio de compartilhar sua existência com Rita, descrevendo-os como duas metades de um todo. Ele afirmou que sua identidade está intrinsecamente ligada a da cantora, tanto em vida quanto em morte, tornando-a uma parte inseparável de sua própria essência. Com três filhos juntos – Beto Lee, João Lee e Antônio Lee – e dois netos – Izabella e Arthur -, a parceria entre Rita e Roberto não se limitou apenas à esfera musical, mas transcendeu as fronteiras familiares, criando um legado que permanecerá vivo na memória e nos corações dos brasileiros.

A colaboração musical entre os dois resultou em uma série de sucessos que resistem ao tempo e continuam a emocionar o público até os dias de hoje. Roberto recordou o início dessa parceria, revelando que tudo começou quando Rita ouviu uma melodia tocada por ele e reconheceu imediatamente seu potencial como uma canção completa. Inspirada, Rita costumava carregar um caderninho consigo para registrar rapidamente as ideias que surgiam em sua mente criativa. Essa conexão artística e o fluxo criativo mútuo enriqueceram suas vidas e consolidaram uma união artística notável.
Quanto ao futuro da música em sua própria vida, Roberto confessou incertezas. A ausência de Rita continuará a representar um desafio constante, e ele pondera sobre a possibilidade de continuar produzindo música. A perda de Rita é e sempre será dolorosa, e Roberto não possui pretensões de que seja fácil lidar com essa ausência.
A entrevista também abordou os momentos difíceis enfrentados durante a luta contra a doença de Rita. Diagnosticada com câncer de pulmão em maio de 2021, ela e Roberto enfrentaram juntos medo, ansiedade e uma montanha-russa emocional. João, filho de Roberto, também esteve ao lado deles, assumindo um papel ativo no cuidado e no suporte necessário durante essa jornada desafiadora. Em um universo desconhecido, eles buscaram informações e conhecimento para lidar com os desafios impostos pela doença.
“Ela queria viver, não queria partir. Até o fim, ela nunca quis partir. Ela sempre tinha um monte de coisa. Planos de escrever, de fazer música. Eu até dizia pra ela: ‘Eu queria até trocar de lugar com você porque você tem muito mais coisa pra fazer do que eu. Eu vou e você fica’”, conta.
Roberto compartilhou a sede de viver de Rita, enfatizando que ela nunca quis partir, mesmo nos momentos mais difíceis. Mesmo diante das adversidades, Rita mantinha uma lista de planos para o futuro, que incluía a escrita e a criação musical. Roberto, em um gesto de profundo amor e admiração, expressou sua vontade de trocar de lugar com ela, reconhecendo que Rita tinha muito mais a realizar do que ele próprio.
“Ela foi perdendo… a capacidade de andar, a capacidade de pensar. Entretanto, os momentos finais dela foram de uma leveza, de uma calma, de uma doçura. Nós estávamos todos juntos com ela, montamos um quarto de hospital. E a última fase na cama, ela parecia uma criancinha, um passarinho. A respiração dela foi parando… foi em paz, foi em paz”, finalizou.
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