• Notícias
  • Família
  • Criança
  • Bebês
  • Gravidez
  • Clube Pais&Filhos
Sem resultado
Veja todos os resultados
pais e filhos
  • Notícias
  • Família
  • Criança
  • Bebês
  • Gravidez
  • Clube Pais&Filhos
Sem resultado
Veja todos os resultados
pais e filhos
Sem resultado
Veja todos os resultados
Início Coluna

Maternidade real preta

Por Toda Família Preta Importa
07/08/2020
Em Coluna
Thainá contou sua experiência como mãe de Apolo

Thainá contou sua experiência como mãe de Apolo Arquivo Pessoal

Share on FacebookShare on TwitterEnviar

**Texto por Thainá Baltar, idealizadora do coletivo Pais Pretos Presentes, moderadora do grupo Mães Pretas Presentes, mãe de Apolo

“Quando você for mãe, você vai entender!”. Essa frase não é estranha para muitas de nós, mães! Mas será que ela é totalmente verdadeira? Há 1 ano e 3 meses me tornei mãe e me lembro que desde que recebi a notícia de que meu filho estava a caminho muitos pensamentos começaram a ocupar a minha mente. Eu, uma mulher preta vivendo numa sociedade estruturalmente racista e gerando um filho preto.

Thainá contou sua experiência como mãe de Apolo (Foto: Arquivo Pessoal)

Como seria o parto? Seria eu também vítima de violência obstétrica? Meus direitos seriam respeitados num país em que 62,8% das mulheres mortas são negras (OMS)? E quanto ao meu filho? Sua infância? Passaria ele pelo o que passei quando na escola sofria bullying por causa do cabelo, dos traços, da cor da pele? E como eu trataria disso? No meu caso minha mãe me entregou um encarte com as diversas raças para que eu mostrasse aos meus colegas e os tentasse convencer a não me tratarem daquela forma porque afinal de contas “todos nós éramos iguais”. O encarte foi rasgado na minha frente e as professoras nada fizeram! Como entender?

“Em uma cultura com racismo, o racista é, portanto, normal” já dizia Fanon. Eu penso que nós, pretos, mães pretas, sabemos do que se trata, quando todos os dias nos deparamos com  o preterimento, a exclusão, os olhares tortos, a violência e a morte, enfim, com o racismo. Mas no fundo não entendemos. Não entendemos  como um policial mantém o seu joelho durante 8 minutos sobre o pescoço de um homem vendo-o perder o ar até a morte. Não entendemos como um menino de 5 anos é colocado sozinho dentro de um elevador pela patroa branca de sua mãe sem saber que caminha para a morte. Como compreender as balas “perdidas” que encontram os corpos dos nossos pequenos pretos? Todos pretos…

LeiaMais

Crianças e telas: quando o uso vira vício? Saiba os sinais de alerta

Por que os pais devem se preocupar mais com o vício em telas do que com o tempo do uso

28 de junho de 2025
Quando começar a bater na porta do quarto das crianças? Saiba a idade certa

Como falar sobre racismo com crianças: 5 passos para uma educação mais inclusiva

22 de junho de 2025
Ainda hoje, 6 em cada 10 mulheres veem a maternidade como obstáculo na carreira

Ainda hoje, 6 em cada 10 mulheres veem a maternidade como obstáculo na carreira

22 de junho de 2025
Mais de 80% das mulheres sentem dor sexual no pós-parto

Autocuidado não é luxo: por que reservar tempo para você pode transformar a maternidade

21 de junho de 2025

Frente a tudo isso, vi que não posso esmorecer. Aprendi que maternar é servir de amparo para a minha criança, um menino preto. Protegê-lo, empoderá-lo e ajudá-lo a ter uma autoestima elevada, amando seus traços, sua pele. Mostrá-lo que é necessário olhar para os valores ancestrais, crescer em comunidade, estar junto dos nossos. Nós, mães pretas presentes, compreendemos que só através da troca e da prática dos valores africanos é possível redescobrir a nossa essência.

A educação antirracista começa em casa (Foto: Arquivo Pessoal)

Também estou muito interessada neste movimento que promove uma educação antirracista. É urgente que essa educação comece pelas crianças, na escola e na família. Não mais uma caricatura, é necessário promovermos uma educação antirracista séria e comprometida. Livros pseudoeducativos que retratam o negro como uma exceção, ou onde um personagem branco pinta sua pele para se tornar negro, não são antirracistas. Mostrar a verdadeira origem do povo preto, abrir espaços, enaltecer a nossa cultura e ancestralidade é o caminho para a formação antirracista.

Tags: antirracistacriançasEducaçãoFamíliaMaternidadePreconceitoracismo
Compartilhar5Tweet3Compartilhar1Enviar
PRÓXIMO
O secretário da educação de São Paulo considerou os números alarmantes

75% dos alunos estão ansiosos, tristes ou irritados por causa do isolamento, diz pesquisa

Polêmica no ar: pais precisam trocar fraldas na escola? Entenda a nova regra!
Bebês

Quantas vezes o recém-nascido deve fazer cocô por dia?

Por Beatriz Possebon
29 de junho de 2025
0

Quando o assunto é cocô de recém-nascido, uma coisa é certa: cada bebê tem seu próprio ritmo. Pode parecer confuso...

Leia maisDetails
Bolsa estourou? Saiba como identificar e o que fazer

Gases no bebê: como colocar para arrotar e aliviar o desconforto

29 de junho de 2025
Entenda o que configura violência obstétrica e como garantir um parto seguro

Intervenções para acelerar o parto: o que pode ser feito e quando é indicado

29 de junho de 2025
Gêmeos univitelinos e bivitelinos: entenda diferenças e semelhanças

Quais são as complicações mais comuns na gravidez de gêmeos

29 de junho de 2025
Grávidas podem comer sushi? Saiba os riscos e quais as opções seguras

Dá para evitar estrias na gravidez?

28 de junho de 2025
  • 18º Seminário Internacional Pais&Filhos – Mãe (não) é tudo igual
  • Fale Conosco
  • Página Inicial
  • Política de Privacidade
  • Quem Somos
  • Termos de Uso

© Brasil MN Manchete Editora 2023 - Todos os direitos reservados | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

Sem resultado
Veja todos os resultados
  • Notícias
  • Família
  • Criança
  • Bebês
  • Gravidez
  • Clube Pais&Filhos

© Brasil MN Manchete Editora 2023 - Todos os direitos reservados | Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.